sábado, 1 de setembro de 2007

66 Anos de História

Do que é feito um clube?

De uma reunião de amigos envolvidos em uma mesma paixão, esta pode ser esportiva, cultural, profissional ou uma paixão daquelas que não sabemos nomear, mas que sentimos prazer em compartilhar. É de compartilhar que é feito um clube.
Compartilhar idéias e ideais, de pessoas dispostas a conviver, enfrentar e socializar.
Com a vida urbana caótica e com um lazer organizado de forma segmentada, onde existem espaços separados em faixas etárias e que não são de compartilhar, mas de um viver separado e solitário, creio que sejam os clubes, o espaço de resgate social.
O espaço da família, da turma, da gurizada.
As dependências do clube são a moldura para que estes encontros de compartilhamento aconteçam. A moldura é importante para limitar a cena, mas também para situar a cena em um espaço. O ginásio onde encontros desportivos cheios de alegria, de vitórias e derrotas, de times, de amigos, fazem parte do clube. As quadras, o sonho onde o Petrópole em especial foi construído, novos tenistas ou pessoas pelo prazer de exercitarem-se, aí se encontram. A pracinha lugar das crianças, da brincadeira, do futuro para o clube.
Os salões, moldura glamourosa de festas que marcaram época, testemunha de tantos encontros e pompa, hoje talvez por não vivermos mais tempos de luxo e esplendores, mas de desconstrução, de idéias e movimentos para uma vida que abrace a diversidade, a riqueza interior das pessoas que compartilham formas do encontro social, o salão principal em sua pele-parede mostra as marcas de um tempo, que urge ser resgatado.
Este blog foi criado para homenagear os 66 anos de história viva do Petrópole Tênis Clube, optei por um recorte no acervo fotográfico para que possam vislumbrar a história de uma sociedade, possam resgatar também parte da história de uma comunidade e de um tempo, para tornar possível novos encontros.
O futuro é resultado deste compartilhar do passado, da revisão do presente, dos olhares que pousarão nestes registros fotográficos e de toda capacidade criadora de novas perspectivas.
Larisa Bandeira

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